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quarta-feira, 11 de abril de 2018

A Trilha do Jaguar

História da pioneira Mercedes Urquiza, que chegou na Nova Capital em 1957, vira livro pela editora Senac: A Trilha do Jaguar: na Alvorada de Brasília, com fotos da coleção particular, imagens únicas da época da construção, estão nas duzentas cinquenta páginas da autobiografia que será nesta quarta-feira, 11 de abril, às 19h, no Salão Negro do Palácio da Justiça, na Esplanada dos Ministérios.
Mercedes Urquiza levou antes suas memórias a exposições que montou no Brasil e no exterior
Em 1957, quando Brasília ainda nem constava no mapa do Brasil, a argentina Mercedes Urquiza e seu marido Hugo Maschwitz, acompanhados do pastor alemão Fleck, começaram a maior aventura de suas vidas. Colocaram um baú com os pertences dentro de um Jeep Land Rover e viajaram por 48 dias para se juntar aos candangos na construção de uma nova capital.  Eles moraram na Cidade Livre em um barraco de madeira sem luz, água quente, sem telefone, e participaram ativamente na construção da Nova Capital, onde Mercedes trabalhou como corretora oficial da Novacap e revendedora de material de construção para os primeiros prédios da cidade.
Chegada de Jeep na Cidade Livre em 1957
Em 1962, sempre ao lado do seu marido, fundou a primeira agência de viagens da nova capital, no recém-inaugurado Hotel Nacional, abraçando definitivamente o ramo do turismo, que segue hoje administrado pelas filhas Gabriela e Mercedes. Toda essa história e muito e muito mais estará no livro “A Trilha do Jaguar: na Alvorada de Brasília”.
Mercedes e Hugo no baile de inauguração de Brasília em 1960
Não é de hoje que Mercedes leva a história da epopeia da construção de Brasília pelo mundo afora. Com coleção que obteve na Suécia do premiado fotógrafo sueco Ake Borglund, para quem serviu de intérprete em uma matéria da revista National Geographic nos idos de 1957, Mercedes montou uma série de exposições e as levou para os quatro continentes tornando-se uma Embaixadora, não oficial, de Brasília. 
Mercedes e Orlando Villas Boas com mulher e criança da tribo Carajá
Recentemente, uma dessas exposições esteve na sede da ONU, em Nova York (outubro/2017) e na Embaixada do Brasil em Washington (Janeiro/2018). Com tantas histórias, fotos, além de muitas lembranças, a ideia de fazer um livro foi ganhando força, mas só começou a se tornar realidade em 2015. “O livro já estava na minha cabeça há muito tempo, mas sempre achava que, para conseguir escrevê-lo, teria que me isolar do mundo e aí fui adiando”, explica ela.
Passeio com as filhas Gabriela e Mercedes
No início foi rabiscando anotações de fatos e nomes que iam surgindo na memória. Também fez pesquisas em livros sobre a história da construção de Brasília como “A Marcha do Amanhecer” de JK, “ Mulheres Pioneiras “ de Elvira Barney e “ O Cerrado de Casaca”, de Manuel Mendes , entre tantos outros que por aqui estiveram no início da capital. Mas a certeza definitiva de estar no caminho certo aconteceu  quando resolveu ler dois ou três capítulos para sua irmã, que é deficiente visual, e ela chorou de emoção com os relatos da autora. Daí pra frente foi só continuar colocando as lembranças, em forma de autobiografia, sempre em primeira pessoa e, em julho de 2017, entregou o livro à Editora Senac. 
Com colegas de turma no Michael Ham Memorial College, em Buenos Aires, cidade onde nasceu
O prefácio é do Senador Adelmir Santana. “Foi dele o convite para fazer o livro pela editora Senac”, faz questão de afirmar Mercedes. 

Créditos:
Acervo pessoal com fotos de Ake Borglund
Foto recente: Gilberto Evangelista



A Trilha do Jaguar: na Alvorada de Brasília
Preço: R$ 98,00
Ed. Senac – SAI Trecho 3 lotes 625/695- Shopping SAI Center Mall
(61) 33138770 ou no site: www.df.senac.br/editora
Após o lançamento em Brasília (11/04/2018), o livro estará disponível também nas principais livrarias do país